sábado, 27 de dezembro de 2014

A garantia do não garantido




Entre pensamentos e reflexões chegou a mim algo interessante. 
Desde sempre o lado rebelde de questionar tudo ajudou-me a chegar às minhas próprias conclusões, sem estas serem algo escrito em pedra. Até porque sabemos com grande facilidade que o ontem não é igual ao hoje e a ciência e sua evolução mostram todos os dias essas admiráveis facetas de que tudo é mutável. 
Durante a conversa com as minhas próprias células cheguei à brilhante conclusão (e certamente há mais como eu) que damos por garantido muito do que está ao nosso redor. Damos por garantido que respiramos, que viveremos amanhã, que acordamos no dia seguinte, que somos ou estamos assim com determinado nível de vida, saúde....
A garantia é algo tão fugaz como o pestanejar. Pode demorar mais ou menos tempo que a simples lubrificação ocular mas não deixa de ser pouco ou nada garantido. 
E porque surgiu este conjunto de pensamentos? Por momentos fiquei apenas quieta dentro de mim. Não estava a fazer nada. Parei na porta da cozinha, encostei-me e sem alguma razão especial, fiquei em mim a olhar o vazio. Quando me dei conta que afinal estava a respirar!! Interessante! Já pensaram, como deve ser fascinante a primeira respiração?? Apesar de se levar umas palmadas. Facto que não acho nada interessante. Pois existem outras maneiras mais amorosas de ajudar um ser a respirar... Se já tiveram a oportunidade de vivenciar um nascimento de uma animal, por exemplo um cão, gato, cavalo...nenhuma mãe bate de forma alguma na sua cria. O primeiro instinto é de a lamber, limpar, aconchegar. 
Voltando à respiração... Até me encostar e colocar a consciência na respiração estava a dar como garantido que todo o meu corpo me mantinha viva. Não preciso de dizer a cada parte do sistema respiratório para fazer o seu trabalho na perfeição. Realmente não é necessário. Mas até que ponto eu me lembro que em cada expiração "morro" uns segundos para renascer de novo a cada inspiração? Já pensaram? Como respirar é tão precioso e fundamental?!! E como o damos por garantido a todo o momento. Mas quando nos custa respirar livremente, essa garantia não é tão patente.
É obvio que é impossível estarmos atentos a todos os níveis do que nos rodeia. Mas ao partilhar este bocadinho de mim é no sentido de estarmos mais presentes nas garantias que não nos pertencem e permitirmo-nos, nem que seja por breves instantes, de presenciar o momento, a maravilha do ser, a beleza da simples descoberta de um segundo diferente do anterior, porque não existem dois segundos iguais, dois momentos iguais.
Que garantias há no mundo/vida, como dados adquiridos? Já pensaram?


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O Yoga como caminho





O livro útil para começar ou avançar no yoga. Tem um pouco de posturas, meditação, pranayama e algumas surpresas.
Delicie-se na sua prática diária.
Namaste