quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Pausa para amar


Aproveitei uma pausa e fui fazer outra maior. Em direção a praia, caminhei para usufruir da natureza e sentir o mar a entrar por mim dentro. O sol... Bem este sol que aquece o corpo e alma tem um sabor profundo de renascimento em mim. Quase me sinto um gato a usufruir de tão agradável energia que o sol nos dá. E como gato, encontro um lugar particular a escutar o mar e a meditar. Não sei se vocês gostam de meditar. Nem sei se apreciam tanto o sol e o mar como eu. Mas uma coisa eu sei, quando medito na natureza, renovo-me e algo dentro de mim se transforma. 

Tenho prazer de estar comigo e em mim. E existe uma paz especial no silêncio que me presenteia com uma magnitude sem fronteiras. A tal magnitude que o nosso ser é!

Tinha acabado as consultas de regressão e cada uma tem algo de misterioso, fascinante e único. Para mim é sempre uma novidade e surpresa que abraço e agradeço. 

Uma das regressões mexeu comigo porque me fez lembrar partes minhas de um passado distante.
A senhora a que dou o nome de Renata estava na vida atual com problemas de relacionamentos. Regrediu a uma vida passada em que teve de ser coroada por obrigação e cuidar de um reino. Tudo o que ela gostava era de estar com as empregadas e partilhar as diferentes sabedorias da vida. Para ela casar era uma questão que nem se colocava pela responsabilidade que tinha. Mas ao mesmo tempo o amor não escolhe fronteiras e as paixões vinham bater-lhe à porta do coração. 
Deixou-me a pensar quantas vezes colocamos o correto, o social, o que é "dever", em detrimento do que somos e do que sonhamos como vida, como sonho de vida e vida de sonho.
E o facto de querermos sair da tal parametrização, ganhamos uns rótulos engraçados que até podemos colecionar como citações de lembrança pelo facto de sermos e quereremos permanecer diferentes. 
Gosto de certos nomes que também me são colocados e nalguns, confesso, que encaixo na perfeição! Não fosse a perfeição algo hiper fantástico para mim. 

Enquanto meditava como os gatos, senti a gratidão que provavelmente eles sentem, de estar/ser feliz, em paz, em amor comigo mesma. Gratidão por quem sou, pelo meu trabalho e por quem vem até mim e recebe muito mais do que uma simples consulta ou uma resposta na sua caminhada.
E é com o coração cheio que partilho as mais valias de ser um outro ser, num mundo menos conhecido, mas que cada vez tem mais adeptos a todos os níveis. 
Obrigada por fazer parte deste plano. Obrigada a ti, porque sei que estas palavras ressoam contigo.