E se por momentos deixássemos que a
simplicidade tomasse conta de nós como a criança que ri apenas pela expressão
diferente de uma face familiar, ou o que chamamos de careta.
Se é tão fácil fazer expressões, para
ver esse sorriso em alguém que amamos, também o será para nós mesmos?? E se
experimentássemos?
Podemos sentir alguma faísca de
ridículo ao fazê-lo, mas é o mesmo sentimento expresso nestes diálogos de
mímica com um ser tão puro? Ou a beleza de um sorriso numa criança é bem superior
a qualquer tipo de alegria dentro de nós??
Tantas vezes me esqueço de mim, para
dar maior atenção ao outro, porque naquele momento é urgente. Ou será apenas um
hábito de prioridade mal coordenado com a vontade??
O outro, mesmo sendo extensão de mim,
não deixa de ser algo exterior.... Se lhe presto a máxima atenção, onde estou a
colocar-me? Onde está o meu centro nesse momento?
Contudo, não estou a tirar
importância, de quando em vez, existirem situações em que é mesmo necessário
dar o meu melhor, na interajuda com o outro. Mas fazer de tal atitude, um
ritual para me sentir, de alguma forma, melhor, útil, validada, etc..... Não!
Não acredito que tal possa funcionar para ser mais feliz. E atenção que escrevi
"ser" e não "estar" mais feliz.
E com este pensamento, encontro-me em
frente ao espelho do cabeleireiro a fazer caretas a mim mesma e a rir dos meus
sorrisos e expressões caricatas! E tudo isto, porque permiti que a simplicidade
me invadisse e aumentasse o humor.
Permites-te?
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